terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A Chuva

A chuva. A chuva e eu. O que mais posso dizer? Sou seu refém. Quando chove, me sinto estranhamente conformado pelo som de suas infinitas gotas colidindo com telhas, asfalto, janelas e veículos (principalmente em movimento).
Me tranco em pensamentos, espio através da alma e transcedo de tudo que é material. Minha jornada parece não ter fim, assim como a chuva. Sua irregularidade e falta de padrão são admiráveis, e um pensamento me ocorre, como um trovão na escuridão:

Não estou sozinho. Nunca estive, e nunca me senti. Subitamente, percebo que a vida é e sempre será uma montanha-russa insegura e supervalorizada. Cabe a nós aproveitar o passeio, observar a paisagem e não se deixar levar pelos altos e baixos do caminho.

O relógio marca 19:19. Minha vida. Minhas batalhas.

Rogerio Olanda.

Nenhum comentário: