sábado, 25 de abril de 2015

Meu papel

O meu papel é simples. Obsceno, triste, insólito, desleixado, cômico e trágico, num drama infinito por uma causa impossível e exagerada, sem esquecer da carência de um amor.

Meu papel tem nome e sobrenome: Rogerio Olanda, o tolo.

Tolo, porque vivo de esperanças infundadas e promessas quebradas. Meu sorriso nunca é honesto, porque meu eu é forte demais para viver neste mundo de mentiras. Conheço o pior de cada um na primeira troca de olhares, e muitas vezes me odeio por isso.

Eu, e meu papel de tolo. Sábado a noite, eu e meu papel de tolo. Amanha será um novo dia, eu e meu papel de tolo.

Rogerio Olanda