domingo, 12 de agosto de 2012

Meu. (Eu)

Sempre que começo a pensar na vida, lembro que tenho um blog. Posso escrever. Posso ser livre. Posso voar. Imagino um horizonte de céu límpido e azul claro, com poucas nuvens e uma claridade intensa do Sol, que tanto amo.

Sou um pássaro. Voo. Voo sem medo, o ar entra por minhas narinas e me completam. O buraco, o vazio, o manchado, o obscuro se oprime, se miniminiza e se define. Me sinto completo. Mas... paro de voar. Paro de planar. Minhas asas se sentem pesadas, minha cabeça tonta e minhas costas, dor. Meus olhos se fecham, e eu caio. Caio, despenco de uma altura inimaginável. A volta, o retorno, a primeira batida das asas é simples, basta querer.

E eu quero? Prefiro morrer, pra saber que vivi, ou prefiro viver, pra saber que não estou morto? O tempo corre. Eu não consigo tomar uma decisão. Continuo em queda livre, já consigo ver o verde do solo e o azul da lagoa. Parece que minha decisão está tomada... (Arrepio)

Acordo às seis da manhã e penso.

Prefiro morrer em tributo à beleza da vida, ou continuo a viver em doses homeopáticas para saber que a morte vem?... Não consigo decidir. Camisa preta ou pólo vermelha? Jeans ou sarja? Tênis ou sapato?

Continuar a ser patético ou tomar uma atitude?

...

..

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Tomar uma atitude.