quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Felicidades

Eu queria ter a resposta pra tudo. Gostaria de saber quando vai chover, quando o sinal vai fechar, quando o Sol irá brilhar. Mas eu não tenho. Cheguei à conclusão de que a vida passa, e não para, nunca. Existem momentos para sorrir, para chorar e para seguir em frente, mas nunca para parar! Feliz aniversário para mim, felicidades‼

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Caso eu morra.

Caso eu morra, desejo que seja poético. Não como velho ou inútil, mas jovem e sadio.
Caso eu morra, não vou deixar qualquer pesar, vou em paz sabendo que sempre fiz o que precisava ser feito.
Caso eu morra, quero doar meus órgãos; quero que desliguem meus aparelhos, e que minhas cinzas sejam espalhadas por onde vaguei.
Caso eu morra, que não fique tristeza ou ressentimentos, exceto um (o qual eu nunca tive). O amor não correspondido.
Caso eu morra, sentirei dor profunda no peito que sempre esperei receber de um outro alguém, mesmo sabendo que este vazio nunca poderia ser preenchido por ninguém.
Caso eu morra (e eu morrerei), digam que vivi. Que sorri e fiz sorrir, que meus abraços sejam sentidos e meus segredos jamais revelados.

Morrerei triste, sozinho e sorrindo. Morrerei como vivi, menosprezando os amores próximos e anseando aqueles que nunca terei. Como deve ser.

Poético.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Novo e Forte

Mais uma vez renasci.

Dessa vez melhor.

Ergui meus punhos tão alto, que por um momento me senti suspenso no ar. Sorri, gritei e me emocionei com a loucura que me assolava, nada mais nada menos que uma singela euforia histérica. Estou vivo, mais uma vez. Procuro meu reflexo no espelho, e dentre tantas facetas que vi ao passar dos anos, busco aquela que mais me identifico. A verdadeira. A real, a imutável. Aquela que detém o espírito de um VENCEDOR, a ganância de um triunfante e as habilidades de um especialista.

Acabo por me achar, dentro de tantas vozes e tantas vontades, fito aqueles olhos que conheço bem, sorrio e conto nos batimentos do meu coração os momentos de êxtase profundo que me encontro. Sorrio mais uma vez, encaro meus problemas com a coragem de um leão faminto que ruge, sedento por sangue e instintos selvagens.

Me vejo novamente. Sorrio. Os caninos se sobressaem ao meu lábio superior, procuro suas pontas com a minha língua, e desabafo um riso tímido e intimidador, que só eu mesmo ouço.

Uma nova página se faz escrita. Um novo eu toma posse. Um caminho começa a se trilhar, e a felicidade é o único destino.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Sumido

Tem gente que some. Tem gente que aparece. Tem gente que infelizmente some, e tem gente que infelizmente aparece.
Tem gente idiota. Tem gente burra. Tem gente que infelizmente se faz de idiota, e tem gente que infelizmente é burra.
Tem gente que é cega. Tem gente que é muda. Tem gente que infelizmente nasceu cega, e tem gente que infelizmente se faz de muda.
Tem gente que me irrita. Tem gente que eu amo. Tem gente que quer me irritar, e tem gente que infelizmente eu amo.
Tem gente que deveria sumir. Tem gente que deveria aparecer. Tem gente que infelizmente sumiu, e tem gente que felizmente apareceu.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Hipocrisia.

É engraçado. Os surdos falam mais que a boca, e profanam o que consideram sacro, cometem o pecado na sala de estar e dormem profundamente no seu quarto. É a verdadeira loucura, a lógica retorcida a tal ponto que tudo que é dito, torna-se lei soberana e sem lacuna. Eu me surpreendo sempre, e com a mesma força que entonei meus sorrisos e tentativas de comunicação, exalo um "Eu desisti".

É aquele momento que seu sorriso reflete no assoalho de madeira, que você sente suas orelhas se aqueceram e que seus olhos se fecham, é exatamente neste breve momento (quase imperceptível) que eu me vi, desolado, e conformado.

Hipocrisia.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

(des)istência

Desisto.

Eu juro que tentei, com todas as minhas forças, juro que tentei dialogar com os mudos. Todos os dias me esforçava para entender seus sinais, até que finalmente me ocorreu: não são tentativas de comunicação, são apenas sons sem sentido. São ações sem fundamento, olhares vazios. Tudo que se passa é só mais um momento, só mais uma tentativa de diálogo. Eu falo, não sou ouvido e me sinto ignorado.

Percebo que meu exílio não tem fim. Saí de uma fortaleza com muros altíssimos, pulei as barreiras e cai dentro de um poço, onde os cegos são mudos; Os surdos, reis.

Após diversos cortes e hematomas, vejo que suas trincheiras são impenetráveis, e quem eu tanto quis ajudar, nunca precisou de mim. É assim que a vida segue. Os justos (como eu), estão em outras fortalezas, também tentando dialogar com o vento. Somos poetas de uma geração sem rima, somos sentimentalistas em um mundo frio.

Rogerio Olanda