12/02/2016
Mais uma vez, meu trigo era joio. Minha sálvia era erva-daninha, meu arco-íris, mera poluição visual. É difícil ser um domador de leões no meio dos lobos; ser um pescador hábil, porém, débil, em meio ao deserto.
Eu já deveria saber. Na verdade, eu já sabia, apenas quis ignorar os sinais do meu cérebro, e dar ((mais)) uma chance ao meu coração. Não posso fugir da minha realidade; um desertor que possui uma queda pela Liberdade, mas sempre foge das suas ambições, porque é covarde.
Desta vez, eu não serei um mártir.
Eu não vou partir.
Terra firme é o que eu mereço, Capitão.
Do seu fiel marujo,
Rogerio Olanda
