sábado, 6 de novembro de 2021

Bacorejo

Quando eu escrevo, eu me descrevo, e isso é vivo. Não só é vivo, como é vívido e é vivido. É constante, é uma ameaça ao meu antigo estado e esperança para meu estado futuro. Mas, por enquanto, é apenas meu estado. Nunca fui líquido ou gasoso, mas me considero sólido (e vivo).

As emoções que vem são as mesmas que vão, e nessa dança-surda-muda-finita, me torno infinito. Não através da própria vida, mas através da vida que escrevo (e descrevo). Minha constância é a própria inconstância e a falta de regras é a única regra que me guia. Não ando fora da lei, pois sou homem simples, desses que gosta de um bom café passado. Não o meu café, pois esse já foi passado, mas vocês não entenderiam.

Meu apreço é por coisas sem preço, e o meu preço, bem, esse pode ser o seu apreço. Não quero aqui discutir se "A" vale mais do que "B", afinal de contas, tudo é uma questão de ponto de vista. 

Devaneio: Imagine a pobreza de alma daquele que tem olhos apenas para si mesmo. Maldito egoísta este, que, de tanto ter apenas olho para si, é o mesmo que não se enxerga. Veja bem, eu não paro por aqui: Se precisar de olhos, me enxergue, mas não seja cego ao ponto de ver apenas a si.

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