Os maus venceram, há muito tempo. Os mals estão em todos nós.
Os bons perderam, desde o início. Os bens não nos pertencem mais.
O que somos, o que nos tornamos e, mais importante ainda, o que escolhemos ser diariamente são apenas fatores de uma equação finita: A vida como ela é.
Divago, longe, aos 33 anos, justamente enquanto o ônibus que estou sentado às 21:30 deste fatídico 09/10/2025 atravessa um CEP que conheço muito bem e fez parte da minha vida, diariamente, dos 17 aos 25 anos.
Que loucura, a vida que vivemos. Na verdade, a vida que escolhemos viver.
Diante de tanto engajamento, de tantas coisas rasas e incompletas, me pergunto se sou a melhor versão que eu poderia ser. Ou melhor, pondero: Sou um subproduto das escolhas que fizeram por mim, ou sou uma consequência das minhas próprias decisões?
Difícil.
As cores estão pálidas e os prédios estão encolhendo. O sabor das experiências sempre vem acompanhado de dissabores e eu estou cansado de estar cansado.
Resolvi mudar.
De novo.
Para quem precisou recomeçar a vida diversas vezes antes dos 30, e uma vez após os 30, consigo me orgulhar de escolhas e decisões passadas, assim como me decepcionar com escolhas e decisões desse mesmo passado.
Eu não mudei, só estou diferente.
Meus encontros com o espelho são milhões de interações inconscientes que não fazem sentido, por isso eu as ignoro.
Pelo menos, por enquanto.
Graças a Deus pelas faculdades mentais e pelo tal do livre arbítrio, que infelizmente faz prisioneiros.
Nosso bem maior é invisível, indolor, incolor e não existe, fisicamente.
Portanto, o Amor.
Postado ao som de Rats - Motionless in White
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