sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Pendências e intermitências trintenárias

Os maus venceram, há muito tempo. Os mals estão em todos nós.


Os bons perderam, desde o início. Os bens não nos pertencem mais.


O que somos, o que nos tornamos e, mais importante ainda, o que escolhemos ser diariamente são apenas fatores de uma equação finita: A vida como ela é.


Divago, longe, aos 33 anos, justamente enquanto o ônibus que estou sentado às 21:30 deste fatídico 09/10/2025 atravessa um CEP que conheço muito bem e fez parte da minha vida, diariamente, dos 17 aos 25 anos.


Que loucura, a vida que vivemos. Na verdade, a vida que escolhemos viver.


Diante de tanto engajamento, de tantas coisas rasas e incompletas, me pergunto se sou a melhor versão que eu poderia ser. Ou melhor, pondero: Sou um subproduto das escolhas que fizeram por mim, ou sou uma consequência das minhas próprias decisões?


Difícil.


As cores estão pálidas e os prédios estão encolhendo. O sabor das experiências sempre vem acompanhado de dissabores e eu estou cansado de estar cansado.


Resolvi mudar.


De novo.


Para quem precisou recomeçar a vida diversas vezes antes dos 30, e uma vez após os 30, consigo me orgulhar de escolhas e decisões passadas, assim como me decepcionar com escolhas e decisões desse mesmo passado.


Eu não mudei, só estou diferente.


Meus encontros com o espelho são milhões de interações inconscientes que não fazem sentido, por isso eu as ignoro.


Pelo menos, por enquanto.


Graças a Deus pelas faculdades mentais e pelo tal do livre arbítrio, que infelizmente faz prisioneiros.


Nosso bem maior é invisível, indolor, incolor e não existe, fisicamente.


Portanto, o Amor.


Postado ao som de Rats - Motionless in White

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