quinta-feira, 2 de maio de 2024

Boas perguntas e a teoria do sentido da vida

 O que vem depois da morte?

 

Boa pergunta. Eu tenho uma teoria.

 

Antes de tudo, éramos algo. Não sei descrever exatamente, mas éramos. Havia a consciência coletiva e um propósito, o qual desconheço. Não tínhamos nossa forma física, mas algo etéreo, existindo em um lugar que não precisa de limites físicos para existir. Lá, éramos uma grande multidão, em um só coro, enquanto consciência coletiva, em prol deste objetivo comum que não sei identificar. Tempo, neste lugar, também é insignificante: Não existem dias, horas ou minutos, apenas a existência (individual e coletiva). Em algum momento, fomos designados a uma escolha: A escolha da nossa vida.

 

Gosto de pensar que, antes do nosso nascimento, houve uma grande assembleia e nos foi dado o livre arbítrio de sermos como quisermos, porém, com todas as consequências sabidas. É como se soubéssemos exatamente todas as possibilidades daquele conjunto de escolhas sobre a pessoa, índole e caráter, e como isso funcionaria durante nosso período em vida. É aqui eu me perco em pensamentos, é neste momento em que algo no meu peito diz que encontramos todas as pessoas de nossas vidas e como vamos nos relacionar com elas, também embasados nas escolhas individuais: Pais, irmãos, cônjuges, enfim, todos os relacionamentos de nossas vidas, e tudo está conectado. Por causa da nossa escolha em ser A, B e C, teremos X, Y e Z como parentes, pois as escolhas destas pessoas também as colocaram nessas posições, e vice-versa, assim como pessoas que vamos encontrar ao longo de nossas vidas, e todos estes encontros possuem um motivo para acontecer.

 

E é assim que nascemos. Com um propósito, mas sem clareza. Um ser relacional, que precisa de outro para nascer, sobreviver e poder fazer as suas escolhas, em vida. Dentro de tudo que já foi sabido anteriormente.

 

Eu tenho plena convicção de que todos coexistimos e que tudo que fazemos, importa. Quando falamos algo, quando fazemos algo que foge de nossa mente, estamos interferindo na ordem das coisas, portanto, o “efeito borboleta” se faz real.

 

“Mas tem gente que escolhe ser ruim?”

 

Sim. O tempo todo.

 

“Se fosse assim, todo mundo ia querer ser milionário e belo”

 

Concordo. Mas essa afirmação vem da nossa consciência atual, não da nossa consciência coletiva, que determinou tudo que somos, podemos ser e como seremos à partir de cada decisão.

 

“Então quando a gente morrer, o que acontece?”

 

Boa pergunta. Eu tenho uma teoria.

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