sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Blind Eagle (Nova Tradição)

Meias visões, me guio através de sentimentos e vontades que nunca saem do meu peito. 2016 começou, e eu não tenho tempo a perder, porém, uma parte de mim, aquela maldita parte de mim que nunca se dá por vencida, é ao mesmo tempo covarde. É o fim do abismo, é o solo enegrecido e coberto por uma neblina densa, quase palpável, localizada entre vales enormes que carrego no peito. A maçaneta da porta começa a derreter, e eu percebo que estou (novamente) em devaneios.

Preciso fazer coisas diferentes para chegar onde nenhum homem já chegou, contudo, algumas vezes, só preciso do básico.

Há meses me abstive do amor. Me poupei de sofrimentos e de buscas, minhas feridas já pareciam até cicatrizadas.. Ledo engano. O simples fato de esperar por você, de tentar saber se você irá me responder ou não, já me deixa dividido. Tentei me provar por palavras, tentei me provar por atitudes, mas você não me permitiu. Me recolho em prantos, e preciso de uma noite de descanso sem você na minha cabeça.

Sem a dúvida.

Sem a desconfiança.

Só preciso saber que você se importa.

Só preciso do seu "sim".



Rogerio Olanda

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